8 Nov. 2024
12 Out. 2024
— 20:15
— Espaços Inconvencionais
13 Out. 2024
— 18:00
— Espaços Inconvencionais
Piny, Lila Tiago e Coletivo Vês Três
As oliveiras têm sido símbolos de resistência e comunidade mas também veículos de opressão. Anualmente estendem-se lonas que recolhem azeitonas. Nos lagares, a soma das apanhas de vários proprietários dá origem a um azeite que é de todos: os que contribuíram com azeitonas melhores e os que contribuíram com as menos qualidade, todos recebem o mesmo azeite. Esta é a base de muitas comunidades, em Portugal e no Mundo.
O azeite liga-nos ao médio oriente - enquanto oliveiras centenárias são arrancadas no Alentejo para dar lugar a monoculturas intensivas, na Palestina a sua destruição é o meio para a pressão sobre um povo, através da obliteração da sua subsistência.
Um discurso de reivindicação e acção política veste-se de cores e formas alegres, levando-nos a questionar se pode a luta ser panfletária mas sensível. Com as árvores como centro e símbolo de processos coloniais e de resistência.
Coletivo Vês Três é um trio de artistas visuais, composto por Ana Malta, Madalena Pequito e Maria de Brito Matias. Três artistas colegas de faculdade juntaram-se para se apoiarem e criar juntas. Tanto em coletivo como individualmente têm trilhado um interessante caminho no campo das artes visuais em Portugal e em Nova York. O seu trabalho é altamente biográfico e parte de referentes das suas histórias familiares para problematizar questões universais e sociais sobretudo ligadas ao feminino.
Piny, nascida em 1981 em Lisboa, começou a dançar Belly Dance e Salsa depois descobriu a cultura de Hip Hop. Em 2006, criou um grupo feminino de Hip Hop chamado ButterflieSoulflow, onde desenvolveu trabalho em dança (breakdance, hip hop, house dance, popping e waacking). Em 2023, e depois de uma já extensa carreira como coreógrafa e criadora no campo do movimento, criou OU.kupa, projeto em parceria com o Espaço do Tempo e o TBA - Teatro do Bairro alto que reclama os espaços institucionais como espaços para a apresentação de dança de matriz urbana e tribal.
Lila Fadista ou Lila Tiago é metade de Fado Bicha, dupla queer que se propôs a modernizar o fado. Depois de ter estudado música erudita, o fado passou a ser o estilo de eleição de Lila. Fado Bicha iniciou atividade em março de 2017, quando Lila Fadista começou a cantar sozinha no FavelaLx, um bar localizado em Alfama, em Lisboa, captando as atenções de João Caçador que, depois de convencido a ensaiar com Lila por um amigo, acabou por se juntar ao projeto no papel de guitarrista. Lila dedica-se também ao teatro "Xtròrdinário" (2019) e "Casa Portuguesa" (2022), de Pedro Penim, e no cinema, em "À procura de António Botto" (2019), de Cristina Ferreira Gomes, "A mulher sem corpo" (2021), de António Borges Correia e (apenas João) em "Fogo-fátuo" (2022), de João Pedro Rodrigues.